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1a BIENAL BLACK

Com a temática Mulheres (in) Visíveis - a bienal percorreu as três capitais da região sul do Brasil em 12 espaços de artes de novembro de 2019 a março de 2020, com o propósito de dar visibilidade para mulheres anônimas, principalmente as mulheres negras em galerias e museus. Ao todo foram apresentadas mais de 320 obras de mais de 160 artistas. Na capital gaúcha, a Bienal ocupou o Aberto Caminho de Artes, Casa de Cultura Mario Quintana, Espaço Força e Luz, Memorial do Rio Grande do Sul, Museu de Comunicação Social Hipólito José da Costa, Museu da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e Museu Júlio de Castilhos. Também foram promovidas intervenções artísticas no Instituto Federal da RestingaQuilombo do Areal. Em Florianópolis, o evento foi sediado na Galeria de Arte do Mercado Público, Museu Histórico de Santa Catarina e Teatro da Ubro. Em Curitiba teve diferentes espaços independentes de arte e virtuais. Veja o programa completo> 

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Bienal 2019 | Porto Alegre, Florianópolis, Curitiba

Artistas

ADEMOREIRA - ADRIANA CARMINATI - AFROBERDIANA - AKIMI WATANABE - ALCYR DIAS - ALESSANDRA LOIOLA - ALESSANDRA NORONHA - ALEXIA DE LARA - ALINE BRUNE - A_MARIA - ANA IGUANA - ANNA MAGALHÃES - ANNA PARISI - ARYANI MARCIANO - BEATRIZ MURAD -  BEATRIZ PINHEIRO - BRUNA BANDEIRA - BRUNA MOREIRA - BRUNO BADARÓ - CAROLINA CERQUEIRA -CAROLINA GRACINDO - CATARINE BRUM - CLARA MAGALDI - CLAUDIA ESCOBAR - CLAUDIA DE LARA -

CLAUDIO BENEVENGA - CLEMENTINO ALMEIDA - CATMARTINS - CECIFRANCE - CESAR MENDES -

CORA HORS - CRISTINA ROSA - DANIELA AKEMI - DANIELA VIGNOLI - DENISSENA - DESIRÉE SANTOS -

DJALMA BROCHADO - DJENANE VERA - DOROTI MARTS - DULCE HELFER - ELI BACELAR - ELIZIA GOMES - ELIZABETH ROCHA - ERICA NOGUEIRA - ERICSON MENDES - ELSON JÚNIOR - EVAMM -

FALAV AUGUSTO - FELIPE DOMINGOS - FERNANDO BRAUNE - FIAMMA VIOLA - GABRIELA PALHA -  GABRIELE ROSA - GEORGIA LOBO - GIOVANA ANACHAU - GILDA PORTELLA - GUGIE - GUSTAVO RODRIGO - HELEN AGUIAR - HELENILCE GUSMÃO - HULLY ROQUE - ILANA PATERMAM - ILIRIA GOMES -

ILSE ANA PIVA PAIM - ISABELA SARAMAGO - IRIS BRITO - IRLA FRANCO - JAINE MUNIZ - JAPHETTE OZIAS - JANAÍNA BARBOSA - JÉSSICA DISKIN - JORDANA BRAZ - JOSÉ CARLOS - JOYCE CURSINO - LUCAS MORAGA - JÚLIA FERREIRA - JULIA PA - KAREN VENTURELLI - KAROLYNE DOS SANTOS -  KAROLLINE OLIVEIRA -  KEILA SERRUYA - KELLY REIS - KHETLEN COSTA - LAIA ORISA - LAIS OLIVEIRA - LAS DOS COLETIVO - LAURA MARTELLI - LEANDRO ICE - LEILA SÁ PEIXOTO - LEONARDO VIEIRA - LIA AMAZONAS - LIA BRAGA - LIZ MANTOVANI - LIZZA DIAS - LUISA MAGALY - LUIZ MOTA - MADE MEIRELES - MAILI LANTYER - MAIMI - MANU ASSINI - MARCELA BRUM - MARCELO VALE RIO - MARI GEMMA - MARIANA LEMMERTZ - MARIANA SOUZA - MARINA KERBER - MAURÍCIO QUADROS - MAYARA GOMES - MAYARA SMITH - MATHEUS COUTO – ANA PAULA OLIVEIRA - CHRIS TIGRA - MATHEUS DIAS -

MICHA - MIRIÃ CAVALCANTI - NÁDIA MARIA ARAÚJO - NATASHA PASQUINI - NINA SATIE - NUCLEO DE ESTUDOS EM CORPOREIDADE NEGRAS - ÒKUN - OUSMANE MATHURIN - PATRICIA SOUSA - PAULA BLEIER - PEDRO CARNEIRO - RAILDES MORO - RAPHAELA JOVIANO - RAQUEL BACELAR - RAYZA RODRIGUES - RODRIGO BRAGAGLIA - ROGEANE E ANTÔNIA OLIVEIRA - ROSA FERREIRA - ROSA PAIVA - ROSANE SOARES - ROSIE AMES - SABRINA TERRA - SOPAPO DE MULHERES - SOUPIXO - SUELEN LIMA - SURAMA CAGGIANO - SUSAN MENDES - TAMARA BATISTA - TAYS VILLACA - TATIANA HENRIQUE -TATIANA SILVA - THAIS ALESSANDRA - THAIS BERBE - THAIS LINHARES - THAY PETIT - TEREZINHA MALAQUIAS - VANESSA FERREIRA - VERÒNICA BONFIM - VITÓRIA CAROLINE - VITORIA MACEDO -XILOPRETURA - ZAIKA DOS SANTOS - WÀ COLETIVO

Texto Curatorial
MULHERES (IN)VISÍVEIS

O sucesso de políticas públicas para superação das desigualdades sociais só é possível hoje, através da educação e de aparelhos e ferramentas culturais presentes em nossas metrópoles. Uma política cultural verdadeira, que incorpore a diversidade da vida social, só se faz com cultura para todos e não privilegiando alguns grupos minoritários. Pensando assim, a proposta da Bienal Black Brazil Art que vem sendo delineada através de um mapeamento das artes afro-brasileiras no sul do país, resolveu dar significado através de uma forma plástica e com um tema bastante atual, que é a (in)visibilidade de mulheres, principalmente as negras, no cenário das artes.

Com todo o advento que a tecnologia nos permite ainda assim, existe uma camada muito espessa da sociedade desprovida do acesso e da inserção desses protagonistas no universo das artes. Muitos seguem desconhecidos ou associados a grupos marginalizados e outros tantos, esquecidos em suas raízes. A questão do gênero também está relacionada à parte mais íntima do ser humano: a identidade. A identidade individual está constantemente em conflito com o "ego social", uma tensão que a arte pode destacar - tanto por trazer elementos autobiográficos como por refletir a situação de comunidades ou grupos maiores - a sociedade. As artes que retratam (sob qualquer forma) um assunto tão sensível e íntimo quanto a identidade de gênero, têm um impacto profundo sobre os espectadores e podem levá-los a reconsiderar sua visão, seu olhar ou até mesmo sua própria identidade. A questão de gênero é um bom exemplo das representações óbvias que limitam nossa visão da realidade - a divisão de transgênero/cisgêneros/não-binários/binário - a divisão dos papéis de gênero e sua falsa competição. A arte pode tornar essas discussões mais elaboradas e levar nosso pensamento a ir além das normas, hábitos, representações binárias óbvias que muitas vezes limitam nossa visão da realidade, mas também nossa imaginação. A partir dai, damos um passo para identificar a presença das mulheres na diversidade artística.

O reconhecimento da presença das mulheres como sujeitos na história da arte, o questionamento da ordem binária normativa do homem / mulher, a redefinição dos limites ligados ao gênero e estabelecidos pela sociedade, os debates sobre orientação sexual e a heteronormatividade e o reconhecimento das identidades LGBTQIA+ são elementos importantes nos debates atuais - e não poderiam estar de fora das narrativas artísticas. Com isso, a participação da população em geral, principalmente das mulheres negras, será crucial medir e mediar nesta bienal. A participação no processo cultural, artístico e científico, constitui a espinha dorsal dos direitos humanos relacionados à cultura. Entender o acesso e a presença dessas mulheres no universo das artes, nos permite conectar a cultura com outros direitos, como acesso à informação, liberdade de opinião e expressão, educação, autodeterminação e associação. A Bienal Black Brazil Art não apenas criará mecanismos para reconectar essas mulheres e suas criações em cenário nacional, como estimulará jovens mulheres artistas a desenvolver seu potencial criativo e envolverá o fazer artístico referente à aprendizagem, instrução e programação baseada nas artes visuais tangíveis. Incluindo capacitação formal e não formal e treinamento em torno da dança, música, teatro e artes visuais, design, moda, fotografia, vídeo, cinema e animação, entre outros.

Com isso, abrimos os braços para acolher novos pensamentos sobre essa inclusão que só poderia ser unificada através de expressões artística e convidamos a comunidade das artes para se juntar nesse processo com novas possibilidades.

Patrícia Brito Knecht, Curadora

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